A gastrite é uma condição na qual o revestimento do estômago, conhecido como mucosa, está inflamado.
A gastrite pode ser aguda ou crônica. A inflamação repentina e acentuada do revestimento do estômago é chamada gastrite aguda. A inflamação que dura por muito tempo é chamada gastrite crônica. Se a gastrite crônica não for tratada, pode durar por anos ou até mesmo uma vida inteira.
A relação entre gastrite e os sintomas não é clara. O termo gastrite refere-se especificamente à inflamação anormal do revestimento do estômago. Pessoas que têm gastrite podem sentir dor ou desconforto no abdômen superior, mas muitas pessoas com gastrite não têm quaisquer sintomas.
A causa mais comum de gastrite é a infecção pelo Helicobacter pylori e o uso prolongado de drogas anti-inflamatórias não esteroides (AINEs). O Helicobater pylori é uma bactéria que infecta a parede do estômago. Em áreas com falta de saneamento, o H. pylori pode ser transmitido através de água ou alimentos contaminados.
Outras causas, porém menos comuns de gastrite são:
– doenças autoimunes, em que o sistema imunológico ataca as células saudáveis no revestimento do estômago.
– algumas doenças e desordens do aparelho digestivo como doença de Crohn e anemia perniciosa.
– viroses, parasitas, fungos e bactérias diferentes do H. pylori.
Algumas pessoas com gastrite crônica pelo H. pylori ou gastrite auto-imune desenvolvem gastrite atrófica, e esta destrói as células do revestimento do estômago que produzem ácidos digestivos e enzimas. A gastrite atrófica pode levar a dois tipos de câncer: o câncer gástrico e o linfoma do tecido linfóide associado à mucosa gástrica (linfoma MALT). A gastrite tem tratamento, podendo chegar a cura, na maioria dos casos. Seu médico irá individualizar seu caso, devendo sempre afastar os agentes causadores, e podendo optar por tratamento medicamentoso. Além disso, mudanças no estilo de vida poderão ser necessários, como por exemplo abandono do tabagismo e redução do consumo de bebida
alcoólica, e uma orientação dietética com a ajuda de um nutricionista.
Os medicamentos que reduzem a quantidade de ácido no estômago podem aliviar os sintomas que porventura acompanhem a gastrite e promover a cura do revestimento do estômago. Estes medicamentos são:
– Antiácidos. Muitas marcas no mercado usam diferentes combinações de Três sais básicos – alumínio, cálcio e magnésio – com íons hidróxido ou bicarbonato para neutralizar o ácido no estômago. Essas drogas podem produzir efeitos colaterais como diarréia ou constipação.
– bloqueadores H2 da histamina, tais como Famotidina e a ranitidina. Os bloqueadores H2 diminuem a produção de ácido.
– inibidores da bomba de prótons (IBPs), como omeprazol, lansoprazol, pantoprazol, rabeprazol, esomeprazol e dexlansoprazole. Os IBPs diminuem a produção de ácido mais eficazmente do que os bloqueadores H2.
O tratamento da infecção pelo H. pylori é importante, mesmo se a pessoa não está tendo sintomas da infecção. A gastrite do H. pylori não tratada pode levar ao câncer ou ao desenvolvimento de úlceras no estômago ou intestino delgado.
EXISTE GASTRITE NERVOSA?
NÃO EXISTE GASTRITE NERVOSA. o estresse emocional sozinho não é uma causa de lesões no estômago ou duodeno, porém o estresse e/ou ansiedade podem desencadear sintomas de dispepsia (dor ou desconforto no abdome
superior, náusea e vômito), podem também atrasar a cicatrização de lesões existentes, mas individualmente não causarão gastrite ou úlcera.
Publicado por: DRº Lucas Ferraz Barcelos – GASTROENTEROLOGIA